quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Casota do cão (Margarida, perdoa o roubo descarado da fotografia)




Carta de coração aberto ao amigo Jal
ou
O que o Ben te diria se soubesse escrever:




Desde o dia em que te vi que soube que ias ser o meu melhor e maior amigo nesta vida.
Decidi logo que ia tomar conta de ti. Precisavas de mim. E eu de ti.
Quando me deixavas sozinho em casa, ficava desesperado a pensar se tu voltarias. Mas tu voltavas sempre. E tratavas-me tão bem. E a minha cauda ficava frenética para tu saberes que eu estava mesmo feliz.
Passamos momentos maravilhosos juntos. Lembras-te quando me levavas a passear? Adorava caminhar como tu. Assim com os ombros para a frente, à valente.
Alimentaste-me, levaste-me à rua, dormiste comigo, trataste de mim quando fiquei doente. Foste e sempre serás o meu herói.
Um dia trouxeste aquela gata magricela cá para casa e fiquei assustado. Espera aí, esta tipa dos bigodes vem roubar o meu lugar. Mas não. Soubeste multiplicar o teu Amor por dois.
Por tua causa, acredito que há Amor que não tem limites e uniões que duram para sempre. Por tua causa, acredito que o mundo tem coisas bonitas e que a vida é boa. Por tua causa os meus olhos brilham e sei que o carinho é gratuito. Por tua causa tive tios maravilhosos que gostaram de mim e me cuidaram e um padrinho que, apesar de se armar em durão, foi sempre lamechas comigo. Tudo por tua causa.
Por minha causa, quero que continues a ser o menino dos olhos brilhantes.
Guarda-me como se guarda um osso precioso. Nunca te esqueças do sitio onde me puseste e sorri sempre que me vais espreitar. Eu vou estar sempre lá.

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