terça-feira, 27 de abril de 2010

Não vás por aí.

Há uma série de frases que parecem banais e a que recorremos frequentemente sem lhes darmos a devida importância e que são abertas a uma multidão de interpretações e de sentidos tão vastos que nem nos apercebemos de que são axiomas vitais. Bom depois da frase anterior que não tem virgulas, é redundante e tem a presunção (note-se: presunção) de ser semiótica, passo a explicar.
Há expressões que não dizendo nada, dizem tudo.
Recentemente a minha Super-Pati criou o movimento NVPA no Facebook. NVPA é a sigla de algo tão simples como “Não vás por aí”. Muitas vezes basta esta frase para percebermos que estamos a embicar para o sítio errado. Ir contra o muro não o vai furar. Não somos água mole e o muro pode ser de pedra ainda mais dura do que a do ditado. Contornar os obstáculos ou descobrir que podemos tomar outra direcção é uma atitude inteligente e sensata. E a sensatez está intimamente ligada ao poema (não me lembro agora do autor, desculpem-me os manos) que diz que “só é tua a loucura onde com lucidez te reconheças”. Puxar pela nossa capacidade de pensar ao lado e descobrir onde realmente nos encaixamos é difícil, mas é o melhor. Não ir por aí é ir por onde devemos ir.
E tudo isto é tão certo e exacto como “É porque não era para ser.” ou “ O que é teu à tua mão vem parar.” ou a ainda melhor (crédito dado ao meu amigo Marcos) “Somos todos!”
Tudo isto para propagandear aqui nos Caixotes o NVPA- Não vás por aí. O melhor movimento do Facebook. Vão lá, vão por ali. Vão em todas as direcções.