sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Caixote da Faculdade

Há onze anos atrás, andava no último ano da faculdade. Vagueava por lá um professor lunático e fascinante, que, depois da minha professora da escola primária (a minha querida mãe), foi quem mais me ensinou sobre a escrita.
Chama-se Luís Carmelo. Penso que ainda anda por lá a dissertar sobre os mistérios da Semiótica, o enredo dos filmes e a arte de escrever.
Hoje, tirei ali do móvel a pasta (já tenho móveis para guardar pastas) das aulas dele, que guardo como uma preciosidade.
Ri. Sorri. Suspirei. Voltei a rir. Voltei a sorrir. Suspirei.
Pensei se devia publicar aqui um dos textos que escrevi nas aulas dele. Resolvi transcrever um texto pequenino da aula em que ele queria ensinar a "transformar abstracções na nossa própria linguagem".
Escrevi assim:

Os anjos são crianças que nunca vão crescer. São azuis clarinhos para se confundirem com o céu e não os vermos quando nos protegem.