sexta-feira, 27 de março de 2009

Nos copos.

Um copo vazio não é tema de texto. Quando muito é um pretexto para se encher e beber. Mas texto, não. Porque não há nada para dizer sobre ele. É um campo por preencher. Um espaço oco cheio de presença nenhuma. Uma fronha à espera de enchimento. Pode ser cheio ou meio. Mas, sem nada, não há nada que se lhe diga. Nem que se lhe conte. Não conta. Não há letra que lhe valha. Não há palavra que o anime. Não há boca que o queira. Nem mão que o aperte. Não há quem o brinde. Nada de nada. É um vaso sem planta. Desamparo raso de ar.

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