Cá estou eu. Finalmente. A mais recente seguidora dos caixotes da tua vida. Não fossem os narizes ranhosos e os proratas dos bancos e há muito te teria felicitado pelo que escreves e como o escreves. Não sei qual o teu estilo ou corrente literária. Não sei se vais ficar famosa quando decidires escrever um romance. A minha medida está naquilo que sinto quando leio os teus textos. Dificilmente poderei ser imparcial. Não posso esconder: gosto de ti. Nem imaginas como me identifico com muito do que escreves. E agora dou por mim a pensar nos MEUS caixotes. Tão bem arrumadinhos que eles estavam...
Quando troquei de casa encaixotei a maior parte das minhas existências físicas para a mudança. Os meus livros, os meus CDs, os meus tachos, os meus preciosos copos, os meus queridos retratos, a minha máquina de fazer pão, os meus panos africanos e tudo o resto desapareceram da minha vista.
Como a casa nova vai para obras, os caixotes continuam ali, naquela sala com a porta fechada, entre móveis desmontados e electrodomésticos desligados da corrente. Quietos há 8 meses.
Se tenho saudades do que encaixotei? Sim.
Ao pensar nesta falta que sinto das minhas coisas, percebo que sigo a vida encaixotando e desencaixotando dias, cantigas, noites, lágrimas, palavras, sorrisos, gestos, filmes, olhares, cidades, beijos, pessoas, enfim, tudo. Caixinhas, caixas, envelopes, embrulhos, arcas e cofres.
Terei tudo bem empacotadinho ou estará tudo mal embalado?
Haverá espaço para mais caixotes ou terei que deitar algumas coisas fora?
Posso criar categorias de caixotes para os armazenar e depois voltar a encontrá-los, quando os for procurar, porque preciso das coisas que lá guardei?
Não sei.
Sei que me apetece escrever sobre isso.
Sobretudo escrever. Sobre tudo.
Cá estou eu. Finalmente. A mais recente seguidora dos caixotes da tua vida. Não fossem os narizes ranhosos e os proratas dos bancos e há muito te teria felicitado pelo que escreves e como o escreves.
ResponderEliminarNão sei qual o teu estilo ou corrente literária. Não sei se vais ficar famosa quando decidires escrever um romance. A minha medida está naquilo que sinto quando leio os teus textos. Dificilmente poderei ser imparcial. Não posso esconder: gosto de ti.
Nem imaginas como me identifico com muito do que escreves. E agora dou por mim a pensar nos MEUS caixotes. Tão bem arrumadinhos que eles estavam...
bji
Deodato
q
ResponderEliminarFostes! :))))
ResponderEliminar