sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Caixote da Faculdade

Há onze anos atrás, andava no último ano da faculdade. Vagueava por lá um professor lunático e fascinante, que, depois da minha professora da escola primária (a minha querida mãe), foi quem mais me ensinou sobre a escrita.
Chama-se Luís Carmelo. Penso que ainda anda por lá a dissertar sobre os mistérios da Semiótica, o enredo dos filmes e a arte de escrever.
Hoje, tirei ali do móvel a pasta (já tenho móveis para guardar pastas) das aulas dele, que guardo como uma preciosidade.
Ri. Sorri. Suspirei. Voltei a rir. Voltei a sorrir. Suspirei.
Pensei se devia publicar aqui um dos textos que escrevi nas aulas dele. Resolvi transcrever um texto pequenino da aula em que ele queria ensinar a "transformar abstracções na nossa própria linguagem".
Escrevi assim:

Os anjos são crianças que nunca vão crescer. São azuis clarinhos para se confundirem com o céu e não os vermos quando nos protegem.

4 comentários:

  1. amiga :) are you in home? send me news... bjos ps. gosto de ver novas coisas no teu blog :)

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  2. Fala-se do camelo, carmelo, caramelo, calimero.
    E sai uma lembrança do caixote da faculdade da miúda.
    Bj, Sofia

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  3. E tu és cor de rosa ;-) cor das rosas, do amor, do baton, do verniz, dos gelados de morango, da tua mala da diesel, das paredes da tua sala,... cor das tuas palavras. Love you. Pat

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  4. Lá estás tu a chamar-me criança que não quer crescer! ehehehehehhe

    As aulas do Carmelo são como entrar num filme do Almodovar: insólito e mágico. Só uns poucos escolhidos é que têm o privilégio de lhe dar valor, como nós. Pessoas especiais, que transformam as coisas que aprenderam em bons textos, como tu.

    O Carmelo na rua de São Paulo... What a wonderful thing about human spirit.

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